Histórias são o reflexo de realidades vividas entre o limiar de sonhos e realizações, entrelaçando alegrias e tristezas, claridade e escuridão. Elas nos conduzem através de experiências que transcendem o plano terreno e adentram o espiritual, mensagens de uma jornada moldada por solidez e fragilidades, enredadas por fatos, contos e tradições que carregamos no cerne de nosso ser.
Cada história é um mosaico de desejos e renúncias, marcada por partidas que culminam em retornos, e pelos nós mal resolvidos entre vida e morte, entrelaçando conquistas e perdas que nos forjam.
Nas trilhas de nossa trajetória, encontramos figuras importantes que gravam marcas profundas em nosso âmago: algumas desenham sorrisos de alegria, outras, lembranças de dor. Meu livro de histórias também retrata cenários vibrantes, ricos em cores, aromas e sabores, lugares onde o sol irradia a plenitude da alegria e que, mesmo agora distantes, continuam a evocar saudades.
O tempo, esse tecelão invisível, ora corre veloz como um rio caudaloso, ora se estende como um campo infinito. Às vezes, eu estava tão imerso em pensamentos angustiantes que mal percebia a sua fluidez constante.
Mas, à medida que o tempo avançava, o céu escureceu, acompanhado pelos trovões das vozes e pelas tempestades das circunstâncias. Corríamos em busca de abrigo, de um porto seguro: uma mão estendida, um abraço acolhedor, qualquer refúgio que nos guiasse até que a tormenta passasse.
No entanto, meu livro de histórias não se limita apenas a essas provações. Ele também retrata as noites sombrias, aqueles momentos em que nos perdemos nas profundezas da escuridão, ocultando nossas dores, nossos medos e incertezas, e talvez até nossas vergonhas mais secretas.
Esse livro de memórias, cuidadosamente preenchido pelas mãos do tempo, ostenta marcas que se transformaram em nomes. Nele, o tempo para sorrir se entrelaça com o tempo para chorar ao longo da jornada. Essas páginas abrigam pessoas que um dia estiveram tão próximas e agora parecem distantes. E aquelas que outrora habitavam um futuro distante tornaram-se companhias do presente.
As páginas do meu livro de histórias também testemunham os ventos favoráveis do aprendizado e da autodescoberta, com a sábia Senhora Sabedoria sempre ao nosso lado, nos instruindo.
É um tempo de encontros e acolhimento, um período que separa o "antes" do "depois", marcando novos começos e a continuação da jornada. É um tempo de levantar após as quedas, de recuperar o que foi perdido, de erguer os muros que desmoronaram e solidificar as bases de nossas obras. Um tempo de reerguer os muros das possibilidades e construir uma nova história, contando com o Mestre Construtor do universo: nosso Deus, aquele que detém o controle de tudo e de todos.
E então, quando uma porta se abre, e essa porta se chama "JESUS", ela se revela como a Passagem da Transformação, das oportunidades infindáveis. Através dela, adentro os portões da graça, da redenção. Uma graça salvadora, que flui do sangue derramado por Ele na cruz, um ato de amor inigualável.
Em Jesus, encontro a fonte que sacia minha sede mais profunda, o pão que nutre minha alma e minha esperança em todas as suas promessas. Suas palavras se tornam tesouros, enriquecendo minha vida. Sigo em direção às águas tranquilas e aos refúgios seguros, onde Ele acalma tempestades e acalma meus medos.
Nessa nova jornada, a luz se faz presente, iluminando meu caminho. E, nesse percurso, encontro um amigo fiel e constante: o Espírito Santo, o guia que sempre esteve ao meu lado, mesmo quando eu não o percebia.
Somos todos volumes de histórias, entrelaçando erros e acertos, vales profundos, desertos áridos e montanhas altas. E eu, continuo avançando na minha caminhada, carregando agora o livro das Novas Histórias, preenchido com a promessa de um futuro moldado pelas mãos de um Deus que é tanto autor quanto protagonista, um Deus que escreve e reescreve nossa narrativa, guiando-nos em direção à plenitude.
Maria Palhano
Aluna de Teoterapia
ABT 1.0025-PR provisória
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